Caetité: “A INB não possui barragem de rejeito”, afirma Diretor de Recursos Minerais
14 de fevereiro de 2019Após a tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, que vitimou 165 pessoas e deixando tantas outras desabrigadas ou desaparecidas, muito se tem questionado sobre as barragens que serão construídas ou que existem na região, se estas são seguras ou não.
Diante disso, o radialista Silvano Silva, entrevistou na última segunda-feira (11), o Diretor de Recursos Minerais das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Adauto Seixas sobre uma suposta barragem que existe no Unidade de Concentrado de Urânio (URA) que a INB mantém em Caetité.
O radialista levantou o questionamento a Seixas sobre a existência de barragem no município. Este informou que “como esclarecimento, a INB não possui barragem de rejeitos. A disposição dos nossos rejeitos de minério, é bem diferente de Mariana e Brumadinho, tanto em volume quanto em concepção.
A URA possui um sistema de contenção e reciclagem de afluentes líquidos que são tratados e o material sólido é precipitado e retido no interior das bacias. Quero deixar bem claro que o volume destas bacias, para vocês terem uma noção, no caso de Mariana, ela (as bacias) são 350 vezes menores e Brumadinho, 100 vezes menor.”
O radialista também citou transbordamentos que teriam acontecido na URA no passado. Silvano questiona sobre quais métodos de segurança para evitar que os fatos se repitam. O diretor foi categórico em dizer que constantemente “a INB monitora diversos poços para avaliar a água subterrânea. Além disso, os locais de disposição dos líquidos e de rejeitos, são construídos com camadas impermeabilizantes, assegurando que não haja emissões fugitivas para os lençóis freáticos de possíveis contaminantes”, assegurou o Seixas.
Por fim, o apresentador do Programa Informativo, interpelou sobre os novos projetos de mineração de urânio em Caetité, tanto sobre a mina subterrânea – que ainda carece de liberação – tanto da Mina do Engenho, que será minerada em breve e se estas serão inspecionadas. Quanto a isso, Adauto informou que “para as duas atividades há programa de monitoração que visam acompanhar as características do ar, do solo e da água da mina subterrânea e da futura Mina do Engenho bem como no seu entorno”, asseverou.
Informações do Sudoeste Bahia